A hipertensão arterial afeta mais de 30% dos brasileiros (cerca de 36 milhões de indivíduos adultos) e contribui direta ou indiretamente para 50% das mortes por doenças cardiovasculares. Confira neste artigo o que causa o surgimento desta doença tão prevalente em nossa população e saiba como prevení-la.
O que é a Hipertensão Arterial?
A Hipertensão Arterial, popularmente conhecida como “pressão alta”, é uma doença crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou pressão diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg.
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce sobre a parede das artérias. Ao realizarmos sua aferição, identificamos dois valores distintos: a pressão sistólica e a pressão diastólica. A pressão sistólica é aquela observada quando o coração se contrai (PAS) e a pressão diastólica é observada quando o coração relaxa (PAD).
Por que a Hipertensão Arterial é um problema sério?
- Altamente presente em nossa população, a Hipertensão arterial afeta 1 em cada 4 brasileiros.
- A Hipertensão arterial é o principal fator de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares, como o infarto e AVC (acidente vascular encefálico).
- Quando não tratada, ocasiona alterações maléficas em outros órgãos além do coração, como o cérebro, os rins e os vasos sanguíneos.
- Trata-se de uma doença assintomática, ou seja, não ocasiona sintomas e por isso muitas vezes é diagnosticada em estágios avançados, quando já existe lesão de órgãos.
- Pode ser evitada e tratada com acompanhamento médico adequado, hábitos saudáveis e medicações acessíveis.
Que médico trata a Hipertensão Arterial?
O médico especialista em doenças cardiovasculares, e portanto, o de maior competência para tratamento da Hipertensão Arterial é o Cardiologista.
A Dra. Fernanda Oliveira é uma profissional altamente qualificada nesta área. Fez residência médica em Cardiologia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), além de possuir título de especialista em Ecocardiografia pelo Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Possui mais de 10 anos de experiência no tratamento e prevenção das doenças cardiovasculares, atuando como médica Cardiologista e Ecocardiografista em hospitais de referência e atualmente também atende em seu consultório na cidade de João Pessoa.
O que causa a Hipertensão Arterial?
A maioria dos casos de hipertensão não tem uma causa específica, sendo chamada de hipertensão primária. Nesses casos estão envolvidos fatores genéticos e individuais, portanto a história familiar é fator de risco importante para desenvolvimento da hipertensão, mas os fatores ambientais e de estilo de vida também devem ser considerados, como por exemplo:
- Idade maior que 60 anos
- Consumo excessivo de sal
- Sedentarismo
- Sobrepeso/obesidade
- Ingesta de álcool
- Algumas medicações
A hipertensão arterial com causa conhecida é chamada de hipertensão secundária, que pode ser tratada com uma intervenção específica, a qual determina a cura ou a melhora do controle pressórico. Cerca de 15% das pessoas com hipertensão arterial têm hipertensão secundária.
Dentre as principais causas de hipertensão arterial secundária estão a doença renal crônica, coarctação da aorta, apnéia obstrutiva do sono, os distúrbios endócrinos, entre outras.
Quais são os sintomas da Hipertensão Arterial?
A Hipertensão Arterial é uma doença assintomática! Ou seja, na grande maioria dos casos não provoca sintomas.
Por ser uma doença silenciosa, até metade dos hipertensos não sabe do seu diagnóstico. Dessa forma, fica desprotegido, pois não recebe tratamento adequado, aumentando seu risco de infarto e de acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, apresenta maior chance de desenvolver doença renal crônica com risco de diálise, alterações nos vasos sanguíneos aumentando risco de obstruções (doença vascular periférica) e alterações na retina que podem comprometer a visão.
“Mas Dra. Fernanda, quando minha pressão está alta eu sinto dor de cabeça.”
Isto não é verdade! Muitas pessoas associam, de forma equivocada, dor de cabeça à pressão alta. O que acontece, na imensa maioria dos casos, é que a pressão arterial (que varia ao longo do dia diante de diversos estímulos) encontra-se elevada como consequência da dor de cabeça, e não como causa.
Logo, se você é hipertenso e só faz uso das medicações quando sente dores, ou ainda, se você não sabe se o seu tratamento é capaz de controlar os níveis pressóricos de maneira otimizada, está colocando a sua saúde em risco.
Procure um especialista de sua confiança e mantenha seus exames e sua saúde em dia. A Dra. Fernanda está preparada para oferecer a orientação e o tratamento adequados para esta condição. Atende atualmente no consultório na cidade de João Pessoa.
Como diagnosticar a Hipertensão Arterial?
A única forma de diagnosticar a Hipertensão é fazendo aferições regulares da pressão arterial como medida de saúde.
São considerados hipertensos os indivíduos com pressão sistólica ≥ 140 mmHg e/ou pressão diastólica ≥ 90 mmHg. Quando realizadas as medidas em consultório, o diagnóstico de Hipertensão arterial deverá ser sempre realizado por mais de uma medição, em condições ideais, em duas ou mais visitas médicas em intervalo de dias ou semanas.
É de grande importância que se faça uma visita periódica ao seu médico, que será responsável por solicitar os exames de rotina e os ajustes/controle dos fatores de risco. No caso de dúvida ou de um primeiro diagnóstico de hipertensão, o Cardiologista deve ser procurado para uma análise mais detalhada.
Como tratar a Hipertensão Arterial?
A hipertensão primária não pode ser curada, mas pode ser controlada para que sejam evitadas complicações. O seu tratamento é dividido em medidas comportamentais, ou seja, promoção de hábitos saudáveis que controlem os fatores de risco, e o tratamento com medicamentos. Ambos igualmente importantes.
Recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia para controle dos fatores de risco:
- Controlar/reduzir a ingestão de sal. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que cada pessoa consuma, no máximo, 5 gramas de sal diariamente (equivalente a cinco sachês).
- Adote dieta rica em frutas, cereais integrais e laticínios com baixo teor de gordura.
- Não fume. O cigarro estreita o calibre das artérias, o que dificulta ainda mais a circulação do sangue e aumenta o risco de neoplasias.
- Evite consumo de bebidas alcoólicas. Há relação diretamente proporcional entre consumo de bebidas alcoólicas e o aumento da pressão arterial, e o consumo abusivo está associado a maior prevalência de hipertensão arterial.
- Perda de peso. Para indivíduos com sobrepeso ou obesidade, a perda ponderal é uma recomendação essencial no tratamento. O ideal é alcançar e manter um peso corporal saudável, representado pelo IMC < 25 (kg/m2) em adultos.
- Pratique exercício físico regularmente!
- Controle o estresse. Saiba que o estresse pode aumentar a pressão arterial. Atividade física, técnicas de relaxamento e psicoterapia podem contribuir para o controle do estresse e da pressão arterial.
A maioria dos pacientes hipertensos necessitará de medicações em adição às modificações do estilo de vida para alcançar os níveis adequados de pressão. Os medicamentos que são utilizados no tratamento de hipertensão arterial são chamados anti-hipertensivos.
Diferentes tipos de anti-hipertensivos reduzem a pressão arterial através de diferentes mecanismos. Assim, há várias estratégias de tratamento possíveis e cada um deles deve ser individualizado, levando em consideração os riscos de cada paciente, com metas específicas de pressão em cada caso.
Conclusão
A hipertensão arterial é uma doença séria, silenciosa, que afeta milhões de brasileiros. Com diagnóstico e tratamento adequados é possível evitar as complicações mais graves.
A Dra. Fernanda Oliveira está à disposição para auxiliar os pacientes na busca de melhor qualidade de vida e cuidados com a saúde cardiovascular.
Fonte:
Overview of hypertension in adults – UpToDatehttps://www.uptodate.com/contents/overview-of-hypertension-in-adults#H862716997
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial
